Por Que Eu Troquei o Next.js pelo TanStack Start (E Não Quero Voltar)

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Felipe Vieira

Nov 4, 2025 11 Minutes Read

Por Que Eu Troquei o Next.js pelo TanStack Start (E Não Quero Voltar) Cover

Abri o console outro dia e me peguei pensando: quando foi que os frameworks de React ficaram tão complicados? Já fui entusiasta do Next.js, usei em produção, ensinei para colegas… mas, ultimamente, a sensação é de estar lutando contra a ferramenta, e não com ela. É estranho pensar que, do encantamento inicial ao incômodo, bastou meia dúzia de updates para mudar a relação. Recentemente, me vi, junto com outros devs, flertando forte com o TanStack Start — e trago neste texto impressões reais, sem máscaras nem fórmulas.

Do Encanto ao Cansaço: O Que Mudou no Next.js?

Quando comecei a usar Next.js, a sensação era de ter encontrado o caminho mais simples e direto para criar aplicações React modernas. O framework entregava tudo pronto: roteamento, SSR, build otimizado e um fluxo de deploy claro. Era fácil recomendar o Next.js para qualquer projeto, principalmente pela curva de aprendizado suave e pela documentação acessível. Mas, com o tempo, esse encanto foi dando lugar a um certo cansaço — e não só para mim, mas para muitos desenvolvedores na comunidade.

O Peso das Novidades: App Router e React Server Components

A partir das últimas versões, o Next.js passou a adotar mudanças profundas, como o App Router e os React Server Components. Essas novidades, apesar de tecnicamente avançadas, trouxeram um aumento significativo na framework complexity. O App Router, por exemplo, introduziu uma nova estrutura de pastas, convenções e formas de lidar com rotas, layouts e carregamento de dados. Para quem já dominava o modelo anterior, foi uma quebra de paradigma difícil de absorver.

Os React Server Components, por sua vez, prometem mais performance e flexibilidade, mas na prática complicaram o debugging e criaram dúvidas sobre onde rodar cada parte do código. O resultado? Mais tempo tentando entender o que está acontecendo do que, de fato, entregando valor ao usuário. Como ouvi de outros colegas e vivi na pele:

"Com o Next.js, comecei a perder tempo resolvendo coisas que a ferramenta complicava sem necessidade."

Atualizações Constantes e Sobrecarga Cognitiva

Outro ponto que pesa é a frequência das atualizações e mudanças de padrão. O Next.js, que antes era estável e previsível, passou a exigir acompanhamento constante das novidades para não ficar para trás. Isso gera uma sobrecarga cognitiva real: cada release pode impactar o fluxo de trabalho, exigir refatoração e trazer novas regras para aprender. Muitos desenvolvedores relatam frustração com a dificuldade de manter o código atualizado e com o aumento da complexidade para tarefas que antes eram simples.

Vercel Integration: Benefício ou Lock-in?

A integração com a Vercel sempre foi um dos grandes atrativos do Next.js. O deploy é fácil, rápido e a plataforma oferece recursos avançados de CDN, edge functions e preview. Mas, com o tempo, ficou claro que muitos dos benefícios atribuídos ao Next.js dependem, na verdade, do ecossistema da Vercel. Isso gera um lock-in involuntário: migrar para outra plataforma pode ser trabalhoso, e nem sempre o framework entrega sozinho tudo o que promete.

Essa dependência crescente levanta dúvidas: até que ponto estamos escolhendo o Next.js pelas qualidades do framework, e até que ponto é a Vercel que faz a mágica acontecer? Para projetos que buscam mais liberdade de escolha de infraestrutura, essa relação pode ser um problema.

Falta de Transparência e Automação Excessiva

Por fim, um sentimento recorrente na comunidade é a falta de transparência em como as coisas funcionam por trás das cortinas. O Next.js, que já foi referência em clareza, agora esconde muita lógica em automações e convenções. Isso dificulta o entendimento do que está acontecendo e torna o debugging mais demorado. Para quem valoriza controle e previsibilidade, essa mudança é motivo de frustração e busca por Next.js alternativas.

Essa soma de fatores explica por que a migração Next.js para soluções mais leves e transparentes, como o TanStack Start, vem crescendo tanto entre desenvolvedores React.


O DNA do TanStack Start: Leveza, Controle e Clareza

A essência do TanStack Start é devolver ao desenvolvedor React o prazer de programar com leveza, clareza e controle total. Desde que comecei a usar, percebi que tudo nele gira em torno de três pilares: simplificação radical, transparência e flexibilidade. O framework foi pensado para ser um full-stack React moderno, aproveitando ao máximo ferramentas já consagradas como TanStack Query (antigo React Query) e TanStack Router, que revolucionaram a forma de lidar com estado e requests no React.

TanStack Query e Router: Simplificação Radical

O TanStack Query mudou o jogo na manipulação de dados do lado do servidor. Ele abstrai o gerenciamento de cache, sincronização e estados de requisição, tornando o data fetching previsível e fácil de debugar. Já o TanStack Router trouxe roteamento type-safe e explícito, com navegação SPA fluida e sem surpresas. O TanStack Start constrói sobre essas bases, garantindo que rotas, parâmetros e carregamento de dados sejam sempre seguros e transparentes, com TypeScript nativo do início ao fim.

Proposta Full-Stack: SSR React Moderno e Server Functions Seguras

O TanStack Start entrega uma proposta full-stack real: SSR React moderno combinado com navegação SPA, server functions seguras integradas ao roteamento e builds ultra rápidos. A integração com Vite acelera o ciclo de desenvolvimento e, junto do Nitro, amplia as opções de deploy para Netlify, Cloudflare, Vercel ou até servidores Node próprios. Isso elimina dependências forçadas e permite que cada projeto escolha sua stack de hospedagem sem amarras.

  • SSR + SPA: Renderização server-side sem abrir mão da fluidez do SPA.
  • Server functions: Lógica backend segura, no mesmo codebase, com tipagem garantida.
  • Builds rápidos: Vite integração e plugins como Nitro deixam o deploy descomplicado.
  • Type safety integral: Mudanças em rotas, parâmetros e dados são validadas em tempo de compilação.

Menos Mágica, Mais Controle

O que mais me chamou atenção no TanStack Start foi a sensação de estar no controle. Não há “mágicas” ou convenções escondidas. O código é explícito, fácil de entender, manter e debugar — exatamente como no React raiz. A experiência é tão fluida que, como muitos colegas comentam:

“Com TanStack Start, realmente esqueço que estou usando um framework — só funciona.”

A abordagem baseada em controle explícito e transparência faz com que qualquer ajuste — seja em SSR, navegação SPA, server functions ou integração com TanStack Query — seja direto e previsível. A documentação e exemplos são claros, e a comunidade cresce rápido, sempre focada em manter o stack leve e honesto.

Flexibilidade e Experiência Real de Desenvolvimento

A integração nativa com Vite e plugins como Nitro não só aceleram builds, mas também ampliam as possibilidades de deploy. Isso significa liberdade para escolher onde e como rodar sua aplicação, sem limitações impostas pelo framework. O resultado? Um ambiente de desenvolvimento mais saudável, previsível e prazeroso, onde o React volta a ser protagonista, e o desenvolvedor, dono do próprio código.


Quebra de Paradigma: Controle e Tipagem Como Novo Padrão

A principal virada que senti ao migrar do Next.js para o TanStack Start foi a sensação de retomar o controle do meu código. O TanStack Start não só aproxima o desenvolvedor do React “raiz”, mas eleva o padrão com type safety robusto, SSR React moderno e uma flexibilidade de deployment que simplesmente não existe em outros frameworks populares.

Type Safety: Segurança em Tempo de Compilação

No TanStack Start, a tipagem forte é nativa e cobre todo o fluxo de rotas, parâmetros e dados. Isso significa que, ao alterar uma rota ou adicionar um parâmetro, qualquer inconsistência é detectada imediatamente pelo TypeScript, antes mesmo do deploy. Já perdi as contas de quantos bugs chatos consegui evitar só porque o compilador apontou um erro de tipagem. Como ouvi de um colega:

"A tipagem do TanStack Start salvou um lançamento, bloqueando bugs em tempo real."

Esse nível de type safety não é só um luxo — é uma necessidade para times que querem escalar projetos React sem medo de regressões. No Next.js, mesmo com TypeScript, sempre acabava recorrendo a gambiarras ou perdendo tempo caçando erros que só apareciam em produção. No TanStack Start, a tipagem integral virou meu novo padrão de qualidade.

Server Functions: Backend Seguro no Mesmo Projeto

Outro ponto que mudou meu fluxo foi a integração nativa das server functions. Com elas, posso escrever lógica backend (REST, GraphQL ou qualquer outra) diretamente no mesmo codebase do frontend, sem precisar criar repositórios separados ou lidar com múltiplas stacks. Isso simplifica o desenvolvimento, reduz o contexto perdido e aumenta a segurança, já que tudo passa pelo mesmo sistema de tipagem.

Além disso, as server functions do TanStack Start são totalmente type-safe, o que garante que os dados trafegados entre frontend e backend estejam sempre corretos. Isso elimina uma fonte comum de bugs e acelera o desenvolvimento de APIs internas, endpoints protegidos e integrações com bancos de dados.

SSR + SPA: O Melhor dos Dois Mundos

O TanStack Start permite escolher entre SSR React moderno e SPA React puro, ou até combinar os dois. O SSR garante páginas indexáveis e carregamento rápido, enquanto a navegação SPA mantém a fluidez instantânea. Não preciso mais abrir mão de SEO para ter performance, nem ficar preso a convenções rígidas. A escolha é minha, de acordo com as necessidades do projeto.

Flexibilidade Total de Deploy

Outro diferencial que me conquistou foi a flexibilidade de deployment. Com suporte nativo a Vite, Nitro e plugins para Netlify, Vercel, Cloudflare e Node, posso escolher onde e como hospedar minha aplicação, sem amarras. Isso me dá liberdade para otimizar custos, escalar conforme a demanda e evitar lock-in em plataformas específicas.

  • Type safety integral: menos bugs, mais confiança.
  • SSR + SPA: fluidez e indexação, juntos.
  • Server functions: backend seguro e integrado.
  • Deployment flexível: escolha livre do destino.
  • TypeScript nativo: sem gambiarras, só produtividade.

Esse novo paradigma devolve ao desenvolvedor o prazer de codar React com clareza, previsibilidade e liberdade real.


Na Trincheira: Cases, Bastidores e Ecossistema em Crescimento

Acompanhar de perto as tendências em React development é perceber que a migração do Next.js para o TanStack Start já deixou de ser apenas conversa de bastidor: ela está acontecendo, agora, em projetos reais e de impacto. Empresas e startups estão colocando o TanStack Start em produção, e os relatos de sucesso só aumentam, mostrando que o framework não é apenas promissor — ele já é realidade no ecossistema de desenvolvimento.

Um dos exemplos mais marcantes que presenciei foi o de um quiz ao vivo, que enfrentava sérios problemas de hydration com o React Router 7. A troca para o TanStack Start foi decisiva: o time conseguiu resolver os bugs críticos a tempo do lançamento, com SSR em produção funcionando de forma previsível e sem surpresas. O feedback da equipe foi direto: “TanStack traz de volta a sanidade. É o framework que 99% dos devs querem usar.” Essa sensação de “React puro”, sem camadas desnecessárias de abstração, tem sido um diferencial que motiva cada vez mais desenvolvedores a experimentar e adotar a solução.

Outro case que merece destaque é o de dashboards multilíngues, integrando backend em Laravel com frontend em TanStack Start. O SSR (Server-Side Rendering) foi elogiado pela simplicidade e previsibilidade, facilitando a entrega de experiências rápidas e otimizadas para usuários de diferentes idiomas. Aqui, a flexibilidade do TanStack Start para se acoplar a diferentes stacks e a facilidade de deploy em plataformas como Netlify, Cloudflare e Vercel foram pontos decisivos para a escolha do framework.

Esse movimento de adoção não acontece por acaso. O entusiasmo da comunidade é palpável: a documentação evolui rapidamente, os exemplos práticos se multiplicam e o suporte do time TanStack — já reconhecido pelo histórico de ferramentas como TanStack Query e Router — inspira confiança. Quem busca tendências em React development percebe que o TanStack Start representa uma volta à clareza, previsibilidade e controle, sem abrir mão de produtividade ou de recursos modernos como SSR em produção.

O ecossistema também cresce em torno de novidades importantes. Ficar atento a datas como 3 de novembro, 31 de outubro e 30 de outubro de 2025 — marcando eventos e lançamentos do Appwrite — é fundamental para quem quer se manter na vanguarda. Recomendo fortemente acompanhar o blog oficial do TanStack e conteúdos sobre Appwrite para não perder nenhuma atualização relevante sobre engenharia, design de produto e inovação em comunidades de tecnologia.

Concluindo, vejo que a migração Next.js para TanStack Start é mais do que uma troca de ferramentas: é um movimento coletivo por mais transparência, leveza e prazer no desenvolvimento React. O crescimento do ecossistema, os cases de sucesso e o clima de comunidade renovada mostram que estamos diante de uma nova era. Para quem sente falta do React mais direto e sob controle, o TanStack Start já provou que veio para ficar — e, sinceramente, não sinto vontade de voltar atrás.

TL;DR: Troquei o Next.js pelo TanStack Start justamente pelo impulso de simplificar, retomar o controle e devolver sanidade ao desenvolvimento em React. As diferenças não são só técnicas: está em jogo o prazer e a clareza no código.

TLDR

O autor migrou do Next.js para o TanStack Start em busca de simplicidade e controle no desenvolvimento React, destacando as frustrações com a complexidade do Next.js e os benefícios do TanStack Start.

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